Eu nasci e cresci em Lima, capital e maior polo econômico do Peru. Me formei em Economia e Finanças e complementei minha formação com uma especialização em Economia Internacional na França, graças a uma bolsa de estudos que ganhei de um programa do governo francês.
No início da minha carreira trabalhei em banco e depois em consultoria de negócios, porém, tinha mais interesse em ter uma experiência mais imersiva nos businesses. Assim entrei na área de estratégia corporativa da Telefônica, onde a minha jornada corporativa começou. A Telefónica é uma grande empresa multinacional, com operações em vários países da América Latina e na Europa e naquela época estava numa fase de crescimento muito acelerado na América Latina.
Tive a oportunidade de conhecer os primeiros negócios digitais, os quais eram impulsionados pelas telecomunicações, como a chegada do 3G e a popularização dos smartphones, e de acompanhar essa mudança radical no consumo e a criação dos primeiros serviços digitais voltados para consumidores.
No meio dessa mudança mundial em direção à digitalização, fiz um MBA no IE Business School na Espanha em 2010 e 2011. Dessa vez, também ganhei uma bolsa financiada pela Telefônica e pelo Governo espanhol, e foi ali nas aulas do MBA que conheci e fiquei amigo do Mitsuru (fundador da BVC).
Após o MBA, continuei a minha carreira na Telefônica e assumi uma nova posição regional no HQ LATAM em São Paulo. Uma grande mudança, com muitos desafios e novas responsabilidades cuidando de projetos regionais, tendo o objetivo de achar soluções para os desafios que as filiais em diversos países lidavam no dia a dia.
Para poder achar essas soluções, comecei a me aproximar do ecossistema empreendedor através da Wayra (a aceleradora in-house da Telefônica). Isso me levou a participar dos Demo Days, sessões de coaching e trabalho com os empreendedores para identificar e resolver os desafios da multinacional. Em algumas oportunidades chegamos a contratar as startups aceleradas pela própria Wayra para projetos regionais.
Após alguns anos, em 2019 saí da Telefônica, e senti que tinha chegado o momento de empreender. Afinal, eu vim de uma família empreendedora, e sempre me atraiu a ideia de ser empreendedor, mas até então não tinha chegado o momento.
Depois de algumas tentativas, comecei a trabalhar mais de perto do Mitsuru, com quem mantive uma amizade ao longo dos anos enquanto nós dois morávamos em São Paulo. Começamos a planejar a expansão da BVC para outros países da América Latina, assim, comecei a participar ativamente do ecossistema empreendedor brasileiro e do peruano, participado dos eventos e criando uma rede de contatos.
O nosso objetivo é expandir as operações da BVC para outros países da américa latina onde o mercado de venture capital está em fase de crescimento: temos a oportunidade de participar dessa onda e de nos tornarmos um player relevante, não apenas levando investimento, mas também ofertando conhecimento e experiência.
Além do Peru, temos interesse em explorar oportunidades em outros países da região como Colômbia, Chile e o México.